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Aconteceu comigo: Episódio 1 – Celular perdido

Eu, formada em Psicologia, gostaria muito de acreditar no ser humano, mas alguns acontecimentos na minha vida e ao meu redor/no mundo, acaba tornando isso difícil. Porém, algumas vezes, acontecem coisas que me fazem ter a esperança de que ainda posso confiar, sim.

Vou começar a série Aconteceu comigo para compartilhar alguns acontecimentos que vivenciei nesse sentido.

Bom, no segundo sábado de Junho/2017, eu e as meninas que trabalharam comigo, fomos no Pitico para matar saudades e conhecer esse lugar. É um lugar diferente, bar-restaurante, descolado, todo aberto  com cadeiras de praia, não tem garçom, o esquema é pegar a ficha e você mesmo buscar a sua comida e bebida, pode entrar com cachorro. Gostamos do lugar e do ambiente.

Depois de algum tempo, resolvemos chamar os nossos namorados. Inclusive eu, chamei o meu. Ele, no começo ficou resistente, falou para eu ficar a vontade com as meninas, mas depois de algumas insistências ele acabou cedendo e apareceu lá.

Foi uma tarde/noite muito agradável. Nós rimos, conversamos e bebemos. Por volta de 23 horas resolvemos ir embora. Antes de ir para casa dos pais do meu noivo (ele ainda mora com eles), passamos no McDonald’s e no nosso apartamento (em reforma) para pegar algumas coisas. Quando estávamos quase deitados, ele percebeu que não estava com o celular.

Ligamos para o celular dele para ver se estava por perto, não escutamos o toque e ninguém atendeu. Ligamos várias vezes, mas como a bateria estava quase no fim, depois só caía na caixa postal. Procuramos no carro, no quarto, na cozinha, na garagem e nada. Fomos até o Pitico, mas já estava fechado. Fomos no Mc e no apartamento e nada do celular. Ele sabia que tinha perdido no bar e que o celular estava no bolso da blusa que não era fundo.  Fomos dormir preocupados, para no dia seguinte (dom), ir até o bar (eles abrem para o café da manhã) para procurar.

De manhã, ligamos no estabelecimento explicando a situação e deixamos o nosso contato para caso o cecular fosse encontrado. Para garantir, fomos até lá para procurar o celular. Imagina o desespero de uma pessoa que perde o celular? Chegando lá, o pessoal falou que não encontrou nada e fomos orientados a esperar até 2ª feira para verificar com a equipe que trabalhou naquela noite. O meu noivo estava super triste e eu me sentindo culpada. Afinal, insisti para ele ir sendo que ele não estava com vontade de ir (talvez alguma coisa estava falando para ele não ir, como se fosse pressentimento). Continuamos a procurar  e  recorremos até ao São Longuinho (ele sempre acha os objetos perdidos hahaha).

Na 2ª feira, o meu noivo ligou novamente e informaram que ninguém havia encontrado o celular. Nisso, perdemos a esperança, mas continuamos procurando e pedindo ao São Longuinho.

Na 4ª feira de manhã, do nada, ele recebeu um e-mail de uma pessoa que se identificou como Pablo, citando o nome do meu noivo e perguntando se havia perdido o celular (!!!). Como assim? Será? Ficamos felizes, mas ao mesmo tempo desconfiados. Como ele sabia o nome e o e-mail do meu noivo? Porque hoje em dia, não dá para confiar nas pessoas, né?

Eles trocaram algumas mensagens e apesar da desconfiança, o meu noivo foi ao encontro do Pablo. Não pude ir junto com ele, pois estava trabalhando. Fiquei ligando várias vezes para ele (que estava com o celular emprestado) para saber se estava tudo bem. Passou umas 3 horas e nada de conseguir falar com ele. Fiquei muito preocupada e passou mil coisas na cabeça. Depois de um tempo, recebi uma mensagem dele falando que estava bem e que conversaria comigo depois porque estava acabando a bateria. Ufa!

No final das contas, ele contou que o encontro foi muito tranquilo e que o Pablo havia ido junto com a namorada, e que os dois são pessoas do bem. Ela encontrou o celular na porta do banheiro, pegou e quando conseguiu carregar o celular (que estava sem bateria) viu um aviso com o e-mail do meu noivo na tela bloqueada. Ele também enviou a foto que eles tiraram quando estavam a caminho do encontro, mostrando que estavam levando o celular (publicação autorizada por Pablo):                                     Celular perdido by Cantinho da Tarsi

O meu noivo ficou muito agradecido e mais tarde, enviou uma mensagem de agradecimento e olhem a resposta do Pablo:

Meu noivo: “Mais uma vez, muito obrigado a você e a sua namorada. É ótimo saber que ainda existem pessoas boas no mundo. Vou ficar devendo umas Heinekens no Pitico. Abraço!”.

Resposta do Pablo: “Sucesso para gente sempre! Ficamos muito felizes com essa conquista. Queríamos ter tirado uma foto desse momento bacana para guardar no livro da vida. A nossa missão no mundo é levar paz e amor a tudo e a todos que encontramos. Infelizmente a Zoe (namorada) estava atrasada para o trabalho acabamos não conversando muito, mas sinto que a mensagem foi transmitida. Grande abraço e sucesso”.

Essa é a foto que nós enviamos para eles depois: img_6313

Muito legal! Pessoas do bem, de bom coração. Talvez se tivéssemos perdido o celular no outro bar, nunca o teríamos encontrado. O Pitico é um lugar que reúne muitas pessoas diferentes e descoladas. Talvez tenhamos dado sorte por conta disso. O meu noivo falou que pode ser que o mundo tenha retribuído a ação de ele ter devolvido uma carteira que encontrou na rua há algum tempo atrás. Pode ser também. Só sei que  a vida fez com que cruzássemos o caminho com o casal Pablo e Zoe. Foi um encontro que nos fez sentir que existem pessoas boas nesse mundo.

Fiquei com o sentimento de gratidão e muito tocada com a bondade dessas duas pessoas que nos fizeram tão bem sem nos conhecer. Fazer o bem para o mundo e para nós mesmos. Muito obrigada Pablo e Zoe! A mensagem foi muito bem transmitida, captamos e transmitiremos ao mundo. Obrigada, obrigada, obrigada!

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